segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Gestos

  
Nos gestos que desenham o poente
O choque se anuncia no meu dorso
Do toque dos teus dedos d’alvoroço
A procurar-me em ti, continuamente

Espero, nesta espera urgente
De ter-te, só para mim, enquanto posso
No lar, que sempre seja, o lar nosso
Na cama, que já nossos corpos sente

E pressentindo assim a felicidade
Esqueço que vai longa a nossa idade
Sentindo a juventude a querer voltar

É quando o coração palpita ainda
Que eu continuo a ser a tua linda
E tu, amor, o mais garboso par.


Maria Graça Melo

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