sábado, 31 de janeiro de 2015

Solidão
Letícia de Menezes Mariano



Erga os olhos
Para as estrelas...

Se olhar
Para trás,
Não verá rastros...
Só lhe cabe seguir...

O frio
Lhe chama
Talvez, seu cobertor...

Este é o preço
Da solidão:
- marcas, cicatrizes,
- passos sem eco, sem murmúrios...

Apenas a dor...
E a solidão
Consumindo
O coração...


Letícia de Menezes Mariano foi premiada com o segundo lugar na Categoria Infantil com o poema “Esperança”, no Concurso Literário da cidade de Flores da Cunha (RS). Seus poemas podem ser encontrados no blog: http://lunaraescritora.blogspot.com

Escreve desde muito cedo e tem paixão pela escrita!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

                                  SELVAGERIA
                                                                   Petronilha A.A. Meirelles
Cadê nossos índios?
Valentes guerreiros,
Donos da mata,
Que a mata não mata.

Homens sem alma,
Com botinas assassinas na mata pisou,
Expulsou nossos índios,
Que tocavam tambor,
Exaltavam seus deuses,
Com respeito e amor.
Espingarda maldita,
Pintou de vermelho,
Com o sangue selvagem,
As terras morenas, tranquilas e serenas.
As árvores viçosas que enfeitavam a floresta,
Gigantes, onipotentes guardiãs da mata,
A motosserra matou,
Sangue verde derramou entre lágrimas e lamentos.
Os pássaros que alegravam em canto e preces,
Sem rumo bateram suas belas plumagens.
Jacaré e cobras foram laçados,
Botas, sapatos de couro e verniz,
Pisam elegantes na selva de pedra,
Casaco de pele da onça pintada,
Cachecol no pescoço,
Das chinchilas assassinadas,
Remorso pra quê?
Cadê nossos índios?
Valentes guerreiros,
Donos da mata,
Que a mata não mata.

Adeus índios fortes.
Adeus cachoeiras,
Adeus doces rios,
Adeus passarinhos,
Adeus borboletas,
Adeus verdes selvas...

Cadê nossos índios?
Valentes guerreiros,
Donos da mata,
Que a mata não mata.

MINIBIOGRAFIA

Petronilha Alice Almeida Meirelles, nascida no Rio de Janeiro (RJ). Professora de Língua Portuguesa. Pós-Graduada em Linguística e Língua Portuguesa. Mestre em Desenvolvimento Local (UNISUAM). Coordenadora da Escola Municipal João de Deus. Obras publicadas mais relevantes: Viajando através dos tempos no Rio de Janeiro, E Agora?  Com a palavra os professores do Brasil, A vida me conta histórias. Ambas pela Litteris Ed. Poesias publicadas através de premiação em eventos literários.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Rômulo Reis de Oliveira

Oh! Mina, eu fui pra Gerais.
O tradicional pão de queijo
O sabor da goiabada
São elementos que vejo
Nessa cultura globalizada
Estabelecemos uma ligação 
Com o leite republicano
O estádio Mineirão
Distante do oceano
A arte de Aleijadinho 
No barroco mineiro
O galo de Ronaldinho 
Primeiro campeão brasileiro
As pedras preciosas 
Sinônimo de imensa riqueza
As personalidades famosas
De extrema grandeza
O presidente Juscelino
Drummond de Andrade 
Aprendi desde de menino
Guardo na flor da idade
E não tem quem arranque
O cruzeiro azul celeste
A musicalidade do Skank
E o som do Jota Quest
O Tiradentes libertário
O patrimônio de Ouro preto
Povoam o meu imaginário
Os movimentos no gueto
A poesia está exposta
Bela expressão humana
Cláudio Manoel da Costa 
E o nosso Basílio da Gama
O "Trem!" subindo a serra.
Nele Alphonsus e Bernardo Guimarães 
Os frutos dessa terra 
É como a multiplicação dos pães
A Paula Fernandes "UAI"
Não me perdi no trajeto 
No triângulo entra e sai 
E eu vou comendo quieto
Poderia escrever muito mais
Sobre os fatores essenciais 
É o que a TV, os livros e os jornais.
Dizem das Minas Gerais.


terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Hai cai
Sonia Regina Rocha Rodrigues


São tantos os pássaros!
Quantos cantos diferentes
fazem a floresta.




Nasci em Santos, uma cidade espremida entre o mar e a serra, à parte do continente. Nascer em uma ilha, se de um lado nos isola, de outro nos abre para o oceano, com todas as possibilidades de viagens, descobertas,conquistas e sonhos.
Fui médica por opção e sou escritora por vocação. Minha mente inquieta é fascinada pelo mundo das palavras. Meus pés inquietos exploram trilhas e locais exóticos. Meu desafio é observar a vida, garimpando situações que pedem para virar texto.
Membro da União Brasileira de Trovadores - Seção Santos

http://soniareginarocharodrigues.blogspot.com.br/

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015




Amanhecer
                Maria João Pessoa

Quando a luz amanheceu
levantei  com ela o  longínquo
e percebi,
que era o longe que buscava,
a estrela distante
para aquecer o meu dia.

Não é no presente
 que faço o meu poema,
mas no voar da cotovia
que amanheço.






Maria João Pessoa – advogada, escrevedora premiada pelo Instituto Maximiano de Campos 2014,   epela Câmara Municipal de Campos Mourão- Poesia Livre, com várias poesias publicadas em revistas culturais (Capitolina, Subversa, Oficina da escrita, etc.),  participante em Obras coletivas – nomeadamente da Chiado Editora, conjuntamente com Samuel Pimenta e João Morgado, e outros,- vencedora de vários   concursos de poesia portugueses.
Tempo
Rosangela Mariano



O tempo criou
teias
esvoaçantes
na lareira da sala...
Ali, apenas
o vaivém das
aranhas
tece orgias
nos recintos obscuros...


O piano
há muito cessou
de orquestrar
os sons risonhos
de outrora...


No crepúsculo
do entardecer,
somente a saudade
é visitante
indesejado
a subir os degraus
da escadaria
de mármore...


E, justamente ali,
naquele mausoléu,
repousam solenes,
as memórias de
pecados antigos,
hoje escondidos
pela passagem traiçoeira
 e impiedosa
do tempo..


             Rosangela Mariano é formada em Letras pela Unisinos (RS). Desde o ano de 2005, publica seus livros pela Editora Litteris, selo Quártica (RJ). No ano de 2014, obteve 3 prêmios literários como os poema “Alerta”, “Campo Bom: de verso em verso” e “Sombras”.  Blog de poesias: http://lunaraescritora.blogspot.com


domingo, 25 de janeiro de 2015


© Mikael Damkier - Fotolia.com



Ler sementes


É preciso ler sementes antes de lançá-las.
“Separar joio do trigo”, lição milenar.
Escolher, mapear, manter foco.
Fazer germinar o bom fruto, sumarento e doce,
fruir a existência com prazer,
degustá-la como um bom e velho vinho
que extrai bouquet e persistência
do devotamento do semeador.
Vida é vinhedo; homem, plantador.
Seu fluxo é o esmagar com os pés o caminho,
nutrir a alma de sutileza e robustez.
Para semear de novo, e ainda outra vez,
até que a derradeira ceifa nos conduza
a outros campos, esses de pura luz.




NOTAS BIOGRÀFICAS
Angela Cristina Fonseca

* Natural de Belo Horizonte - MG. Nascida em 21/05/2014
* Graduada em Comunicação Visual pela FUMA/UEMG
* Especialização em Docência no Ensino Superior pelo Unicentro Newton Paiva – MG
* Certificada pelo ICBEU – MG em Língua Inglesa e Literatura Norte-Americana e agraciada com o Prêmio de Melhor Aluna (Outstanding Ability)
* Professora, Coordenadora de Disciplina e membro do colegiado para a Chefia de Departamento dos cursos superiores de Secretariado Executivo e Bilíngue, Comércio Exterior e Comunicação Social no Unicentro Newton Paiva – MG
* Professora de Língua Inglesa nos Cursos Emergenciais de Magistério Superior na PUC – MG
* Orientadora de Trabalhos de Conclusão de Curso Superior (TCCs) no Unicentro Newton Paiva – MG e na Escola de Governo da Fundação João Pinheiro, entidade do governo de Minas Gerais de apoio técnico à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão
* Primeiro poema publicado aos 10 anos de idade na extinta revista Sesinho, do SESI, dirigida ao público infantil
* Crônicas publicadas no Suplemento Literário do jornal Minas Gerais da Secretaria Estadual de Cultura de Minas Gerais (década de 1970) e no Caderno de Cultura do jornal Estado de Minas (desde a década de  1960); Poemas selecionados para publicação em cinco edições consecutivas da revista literária Gente de Palavra de Porto Alegre – RS, edições impressa e eletrônica (2014); Ensaio publicado na Revista Jangada da Universidade Federal de Viçosa – MG (2014)
* Participação na antologia “Poemas” do I Concurso de Poesias do GREMIG – Grêmio Recreativo e Cultural da Cemig (1983) com três poemas selecionados
* Prêmios: 1º. Lugar no Concurso Manoel Bandeira de Poesia, patrocinado pela    CEMIG - Companhia Energética de Minas Gerais (1986)
                  2º. Lugar no Concurso Literário “Prêmio Professor Mário Clímaco” da ALEPON - Academia de Letras, Ciências e Artes de Ponte Nova – MG, categoria Poesia (2014)
                  1º. Lugar no III Concurso de Poesia “Serra Serata”, realizado pela Prefeitura de Petrópolis, RJ, Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis, Secretaria de Educação, Casa d’Italia Anita Garibaldi de Petrópolis e Academia Brasileira de Poesia Casa Raul de Leoni, categoria Adulto de Outras Cidades (2014)
                  Comenda “Cláudio Manoel da Costa” da ALACIB como poeta aldravianista de destaque pelo conjunto de aldravias n’O Livro I das Aldravipeias (2014)
* Membro efetivo da SBPA – Sociedade Brasileira dos Poetas Aldravianistas desde dezembro de 2013 – Membro nº. 51
* Participação, como poeta aldravianista, d’O Livro I das Aldravipeias, lançado em 28 de novembro de 2014
* Livro solo de aldravipeias a ser publicado no início de 2015




sábado, 24 de janeiro de 2015








A poesia é uma arte
Que consola o sofredor;
Todo poeta faz parte
Da confraria do amor


Sonia Regina Rocha Rodrigues
http://soniareginarocharodrigues.blogspot.com.br/

breve biografia:
Sonia nasceu em Santos, é memro da União Brasileira de Trovadores – Seção Santos. Médica por profissão e escritora por vocação, autora dos livros Dias de Verão – 1997, Coisas de médicos, poetas, doidos e afins – 2014, contos e crônicas.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

© ufotopixl10 - Fotolia.com


Varal do tempo

Cheio de lençóis,
lembranças e
lamentos...

Exceto por um Amor
que o vento levou...

***

Edweine Loureiro
(Japão)

EDWEINE LOUREIRO nasceu em Manaus em 20/09/1975. É advogado e professor, residindo no Japão desde 2001. Premiado no Brasil, Portugal, Espanha, Japão e nos Estados Unidos, é autor dos livros: “Sonhador Sim Senhor!” (2000), “Clandestinos” (2011), “Em Curto Espaço” (2012) e “No Mínimo, o Infinito” (2013). Foi o vencedor do 3º e 4º Desafios da Revista Farol Fantástico.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

COMPANHERISMO

Queria que o meu amor fosse mais companheiro

que fosse mais verdadeiro

que näo fosse täo baladeiro

näo quero que me trate mal

assim vocë acaba com todo meu astral.

 

Cadë o Homem que dizia que me amava

tudo que me pedia eu te dava

e agora vocë me pede calma?

 

Pra mim basta, se vocë quer curtir a vida

me inclua fora dela

sei que vocë  tem uma amante

vai atrás dela

vamos ver se essa relaçäo segue adiante.

 

A minha mäe me chamou para morar com ela

ah, antes que eu me esqueça liga para a Gabriela

a sua doce e abusada  nova namorada

antes deu ir embora vou  dar uma coisa

 que vocë está merecendo faz tempo

uma bela de uma bofetada!

 

Tchau fica na paz

Já que me amar vocë nunca foi capaz

näo queria te deixar mais?

Aproveita  já que meu rosto vocë näo verá mais....

 

(CAMILA GOMES)

Camila Gomes nasceu em Londrina, em 1989.

Sempre se dedicou ao desenho e poesia.

Participou do 28º Festival Poético de Cornélio Procópio (PR), fez curso pelo Prêmio Itaú Unicef (2012 e 2013) e desenhou a capa do livro "Cultura: caminhos para uma cidade mais democrática e acessível", de Aldo Moraes (Clube de Autores/2012).

Publicou no jornal Club Poético/PR (2012), na revista literária Varal do Brasil (2013); Olaria das Letras (2014) e nos sites Recanto das Letras e Arte Brasil.

Ficou em 8º lugar no Concurso Nacional de Poesias Zé Mitoca (2013); foi classificada no II Prêmio Nacional Licinho Campos de Poesias de Amor e no 29º Festival Poético de Cornélio Procópio (PR). Recebeu Diploma de destaque no XIV Concurso de poesia Agostinho Gomes, em Portugal (2013).

Sétimo lugar no Concurso Internacional de Poesia (Academia Giraldo/SP) em novembro de 2014.

CONHEÇA MAIS: http://www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?id=98695

terça-feira, 20 de janeiro de 2015




A SAUDADE DO AMOR

Que saudade se empresta ao amor ?

À que saudade se presta, o amor ?

Que tempo, que enredo ou outro sinal ?

Que mistério ou memória, algo assim afinal ?



Em que saudade se conjuga ou limita o amor ?

O que é saudade para o prático ato do amor ?

Não peço mais que as palavras, o oratório ou castigo

Já me basta a poesia

Não quero nada de nada do nada além do mais que a canção


Já podia me lembrar do tempo em que fora feliz

E queria esquecer o que não ocorreu só por um triz

Mas foi no futuro ... 

(Aldo Moraes)
Biografia: 
Aldo Moraes nasceu em Londrina/PR. Músico e poeta, publicou em coletâneas nacionais, inclusive a Nau Literária(da Ed.Komedi) e venceu concursos de poesias em vários Estados Brasileiros. Publicou 7 livros pelo Clube de Autores. Como compositor erudito, é premiado na Suiça, Aústria e Brasil e tem peças no repertório da The New York Perfoming Arts. Coordena o Instituto Cultural Arte Brasil e o projeto musical Batuque na caixa. Foi Secretário Municipal de Cultura de Londrina.

Links: www.palcomp3.com/aldomoraesoficial

http://www.komedi.com.br/escrita/leitura.asp?Texto_ID=24234

https://clubedeautores.com.br/authors/38412

http://pt.wikipedia.org/wiki/Aldo_Moraes
                                          © paulrommer - Fotolia.com



borboleteio 

e estas borboletas brancas
todas ali sempre 
no mesmo lado do mato 

borboleteando brancamente 
tantas e cada vez mais 

o que fazer com elas? 

só deixar que 
borboleteiem brancas 
brancamente borboleteando 
e nada mais




Rui Werneck de Capistrano

Nasceu e vive em Curitiba (PR). Publica e vende seus livros no
(www.clubedeautores.co.br). Este poema está no livro

Lixo Atônito.

domingo, 18 de janeiro de 2015

© retroart - Fotolia.com

O trem – Wlange Keindé

Con
Fu
São.

O trem passou
Da meia noite ao meio dia
Trem profundo
De trabalho inspiração e sexo
De imagens quase concretas e ideias tão confusas
Quanto o maquinista quanto o trilho quanto as estações.

E o trem chegou
Com calor e tarde
Apertado dolorido felizmente sozinho
E acima de tudo
Ainda confuso
E ansioso por mais confusão.

WLANGE KEINDÉ, nascida em 1997, no Rio de Janeiro, é estudante, escritora e poetisa. Possui um conto publicado na revista online Samizdat e um artigo no site Ficção em Tópicos, além de alguns poemas premiados em concursos literários. Publica vídeos sobre a arte de contar histórias em seu canal Ficçomos, no YouTube, e posta poemas às sextas-feiras no blog Mesa, Papel e Caneta.
Links:



domingo, 4 de janeiro de 2015

Resultado desafio literário


Desafio novembro-dezembro

Classificados por ordem de votação. Número de votos e porcentagem. Os empatados foram classificados por escolha do editor.  Peço aos ganhadores para enviar um e-mail para olariadasletras@gmail.com informando número da conta para depósito do prêmio. 

Poesia

1ºLugar Estrofes manchadas de batom  27 33.33%
2ºLugar - Vê-me tenso frente ao espelho  18  22.22%
3ºLugar Vermelho  13 16.05%
4ºLugar A dama dos meus sonhos  7 8.64%
5ºLugar PERMANÊNCIA  6   7.41%
6ºLugar- Como se eu palmilhasse (...)  3 3.7%
7ºLugar Vermelho (de Aruângua)  2  2.47%
8ºLugar Convenções inconvenientes  2   2.47%
9ºLugar UMA COR  2 2.47%
10ºLugar |Versos rubros|  1 1.23%


Miniconto

1ºLugar O peso da modernidade  26 32.91%
2ºLugar FÚRIA 21 26.58%
3ºLugar “Embrulha em jornal pra madurar...” 8  10.13%
4ºLugar DIA D 5 6.33%
5ºLugar DE ROSAS E SANGUE  5  6.33%
6ºLugar UM DIA VERMELHO  4 5.06%
7ºLugar 200 adeuses  4    5.06%
8ºLugar Vermelho Safo  4 5.06%
9ºLugar Reencontro  1 1.27%
10ºLugar Toalha tecida com fiapos (...)  1 1.27%