quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Lembranças
Isabel Maria Alves Mezzalira

Como o triste marinheiro
Deixa em terra uma lembrança
E a saudade que o consome,
Assim, nas folhas da Vida,
Eu deixo meu pobre nome.

E se nas ondas da Vida
Minha barca for fundida
E o meu coração despedaçado,
Ao ouvir o canto sentido,
Do pobre nauta perdido,
Teus lábios dirão – coitado!

E dos seus olhos saltará
Uma lágrima viva e plena,
Que a tristeza desmanchará,
Dando forças e alegrias
A quem você achar.



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