sexta-feira, 11 de agosto de 2017



Flor Cinza
De nada servem as palavras que não alcançam tua alma
Sou peregrino de limbos estranhos forjados pela busca.
Desta estrada espinhosa ainda há espaço para sonhar.
Desejar os desconhecido a vibrar nas revoadas do
[imponderável.
Sigo com a alma cheia, tal a lua permitindo-se
ao olhar admirado de uma mulher...
Depois esvazio-me evolando pela metade
sem o brilho, a fagulha desejada.
Persisto em novos luares.
Me sinto invisível, a solidão me arrebata.
Fluo pela falta de carícias, trocas de intimidade
conforto de abraços que exaltam a alma.
Ainda que eu não possa extravasar
todos os sentidos...
Recolho-me sozinho numa casa modesta.
Mas as intempéries perpassadas no espirito insistem.
Restando apenas o colchão e os lençóis
para reconfortar o impossível...
Leonel Ferreira
08/08/2017
São João de Meriti

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