Classificados - Desafio Novembro-Dezembro de 2014
-não estão em ordem de classificação-
A votação começa com atraso de dois dia, prosseguindo até o dia 19 de dezembro. E os minicontos do dia 20 até 23 de dezembro.
Poesia
1
PERMANÊNCIA
Elias Antunes
Justamente nesta primeira hora do dia
em que um galo se confunde
com uma bala
e o pranto com a alegria
a ave se explode em bomba
e o amor em gritaria
o passado estende-se como uma
roupa desfeita
tudo volta: carrossel vermelho, túnel do
tempo
aqui salvam-se as sombras
as cartas no arquivo
uma velha foto mais
amarela de que o sol
da
manhã.
2
Estrofes manchadas de batom
Rômulo Reis
Rômulo Reis
Na canção: “Meu coração é vermelho!”
Barba ruiva cabelo “VERMELHAÇO”
Os olhos encarnados no espelho
“ACHAPEUZINHO” com nariz de palhaço
A roupa do papai Noel
As bolas na arvore de natal
O “CATCHUP” apimentado no pastel
O regime comunista ditatorial
A dama recebeu cartão vermelho
Até na disputa Caprichoso Garantido
Indica o “STAND-BY” do aparelho
Maçã mordida tomate colhido
Moisés atravessou o mar vermelho
O ponteiro do relógio negro rubro
O pigmento rubor no olhar do coelho
Fiquei no vermelho no mês de outubro
Carne, cruz ou linha vermelha
A terceira faixa do “KARATÊ”
Marte, o fogo, o rubi, a telha
A
tinta escarlate da Dilma e do “PT”
O sangue carmesim do cordeiro
Nas pétalas da formosa flor
O manto manejado pelo toureiro
Meu travesseiro! Enigmas dessa cor
I.N.R.I
REI
DOS REIS
J E S U S
O
sangue carmesim do cordeiro
Nas
pétalas da
Formosa
flor
O
manto
Manejado
Pelo
Toureiro
OMEU
TRAV.
ESSE
EIRO
ENI
GM
AS
DESSA
COR
Primária unificada ao azul
Surge o Roxo das Bruxas
Na “TRANSA” com o amarelo nu e cru
Nasceram “LARANJAS REDONDAS GORDUCHAS”.
P R I M Á R S U R G E O N C O M A
U I R
R A M
N A O O T A
I X X R E L O E R
F
O O A N
I D D N U
C L A
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A U S S
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D A O A Z B R U X A S ! U
N
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S C E R A M S
C C
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U U
L A S R E D G O R D U
A J O O C
R N N D A R DUSAH
A M D C
V E N T E U H AS.
3
Convenções
inconvenientes
inconvenientes
Rui Werneck de Capistrano
Vermelho
é ATENÇÃO
Vermelho
é CUIDADO
Vermelho
é PERIGO
Vermelho
é RAIVA
Vermelho
é SANGUEIRA
Vermelho
é PARTIDO
Por que tanto preconceito, rapaz?
Deixe o vermelho em branca paz.
UMA COR
Sonia Regina Rocha Rodrigues
Se eu tivesse que escolher uma cor,
Escolheria o vermelho do sol nascente,
Com a vivacidade do fogo
E a violência do sangue.
O vermelho saboroso dos morangos maduros,
O vermelho alegre dos biquinhos de lacre
Ou fugidio como o das carpas malhadas.
Se eu pudesse colorir minha vida,
Eu a salpicaria de vermelho,
Pois a quero intensa e plena,
Inda que breve,
Um só pinguinho de vermelho bastaria
Para dar sentido ao cinzento arrastar-se das intermináveis horas
aprisionadas na ampulheta da memória.
5
|Versos rubros|
Jim Carbonera
De uma ruiva e um ruivo,
De uma ruiva e um ruivo,
nasceu um vermelhinho,
que escreve aqui, estes
versinhos.
Vermelho
Horacio Daniel Sequeira
A cor escarlate
Que ruboriza a tez,
Enrubesce as bochechas
Dos adolescentes,
Cora a vergonha
Da ingênua timidez,
Bota fogo nos cabelos
Ruivos inocentes.
É a cor da paixão
Que torce com brio,
Que sofre e grita
Com o coração a mil.
São os vermelhos
Agindo em nossas vidas,
Como o do sangue
Que corre em nossas veias,
Como pimenta
Que arde nas feridas.
Como a lava
Que o vulcão incendeia.
7
Vermelho (de Aruângua)
Maria do Céu Heinrich
Vermelho é a morte das focas do Ártico
das baleias nos conveses dos navios e do atum leiloado.
Vermelha é a morte do azul e a maré doente.
Jefferson
Ferreira Wesolowski
Vê-me
tenso frente ao espelho
Olho
no olhar, desespero
O
tempo passou corriqueiro
Em
pranto dobro o joelho
São
muitas auroras passadas
Passado
não cicatrizado
Juventude
rebelde e inspiradora
Texto
politizados, companheiros armados
Coração
vermelho
Olhos
negros, espírito cabreiro
Pensamento
vermelho, temor alheio
gatilho
companheiro
Só
resta uma resma de valentia
Tem
que ser antes, senão esfria
Sol
vermelho prisioneiro
Ervas
de um mesmo tempero
Sol
vermelho
Sangue
escarlate
Meu
coração vermelho a calar-te
Sol
vermelho não me libertas-te?
9
A
dama dos meus sonhos
Tina Aguiar
Ela tinha uma imensa beleza...
Repleta de ternura, com um caminhar cheio de
leveza.
Grande era sua doçura que se fez minha
incerteza...
Devo seguir seus passos como amigo ou como
seu amante assumido?
Sei que ela não sabe de mim,
Mas acredito que seja melhor assim...
Eu não suportaria ouvir o não, ou
sentir uma presente solidão. (... mesmo ao
seu lado estando.)
Sigo seus passos, sobre vossa sombra
caminhando...
Calado, sozinho, imaginando, sonhando...
Com o gosto do beijo dos seus vermelhos
lábios doces; profundos...
Um momento onde eu perderia meu chão, meu
mundo.
E, neste breve momento, meu coração rápido
bateria,
e ali eu saberia, o quanto eu estou vivo.
Meu coração estaria numa corrida desenfreada,
sem rumo, apenas a ti atento...
E você em meus braços eu conservaria,
eternamente neste momento!
Antonio Pedro Faro
Como se eu palmilhasse as
ruas e vielas da cidade incolor
Os céus se abriram mar
vermelho doutras eras
Jorrando bolas de fogo nessa
Terra colorindo meu coração de novo amor
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